terça-feira, 25 de maio de 2010

Da série conversas de padaria

Domingo pela manhã e mais uma vez os comentários bizarros registrados pelos meus sensíveis (demais) ouvidos. Não sei se é puro e simples mau humor ou estresse normal de uma criatura recem-saída de plantão.

Na fila do pão, como sempre, um senhor à minha frente deseja mortadela. “Que mortadela é essa?” “É Sadia, senhor” – responde a menina atrás do balcão. “É defumada?” Aí já pensei: tá ficando patológico. “Sim, é defumada”. “Então me vê 150g”. Ligeira pausa. “Bem fininha”. Mala… provavelmente a menina atrás do balcão compartilhou deste mesmo pensamento meu. Daí no que ela vai pegando a mortadela defumada Sadia bem fininha do cara (dá para ver através do vidro do balcão), ele interrompe “ESSA AÍ É A DEFUMADA?!” Ainda bem que aqui não se lêem pensamentos, porque se assim fosse eu provavelmente já teria apanhado de alguém. Por que o indivíduo não aponta o que quer e simplesmente diz “Eu quero essa”? Simples demais… tem que complicar, ou não tem graça. Será que é carência desse povo? Seja lá o que for, haja paciência…. aff…

terça-feira, 4 de maio de 2010

Crítica Gastronômica – Baby Beef

bonequinho 1

Domingo passado buscávamos eu e meu marido jantar em uma churrascaria que fosse boa, bonita e barata. Encontramos uma, que acabamos por descobrir posteriormente que possuía somente os dois últimos atributos. Assim adentramos a Baby beef, na Barra da Tijuca.

Sim, não há como negar: é bonita, estilosa, com esculturas em estilo greco-romano, e decoração clássica que se estende do lustre do salão até os toilets. Barata, em comparação aos estabelecimentos similares da Barra da Tijuca. Boa…? Nâo teria tanta convicção em responder.

Iniciou-se nossa observação logo na chegada: zero recepção. Ninguém para nos receber. Adentramos o recinto, qual penetras em festa alheia, até que no meio do caminho surge uma pessoa meio que apressada e pergunta ainda me movimento: “mesa pra dois?” Sim, mesa pra dois… e ficou a observação entreolhares: “meio desorganizado isso aqui, não?”

Era só o começo. Degustamos um filet mignon que de filet só tinha a textura… filet sabor cupim sem gordura. Era possível até sentir o gosto do amaciante. Nâo se discute que variedade há, mas ressalte-se o adendo de que eram variadas carnes com o mesmo sabor “espetinho de rua” Sei lá por que, todas com o mesmo sabor.

Carne vai, carne vem, e as guarnições? Mais ou menos quando nossos estômagos haviam atingido a metade da sua capacidade chegaram as guarnições solicitadas. Eu quis perguntar se a meia dúzia de palitos de batata fariam falta ao maitre, mas meu esposo não achou uma boa idéia; tive sorte de comer duas cebolas fritas (que eu adoro), porque meu marido se compadeceu e me ofereceu a dele. Sim, vieram duas rodelas de cebola: na hora eu ri e falei “uno per me, uno per te, va bene?? Mais uma vez: talvez fosse fazer falta.

Tá. Então, resta uma esperança: a sobremesa. Pedi um petit gateau, que amo de paixão; não fosse o sorvete daqueles aguados que vendem na promoção do extra, o gateau estaria muito bem acompanhado. Conclusão: nem a sobremesa salvou o jantar.

Claro que, para fechar com chave de ouro, coincidência ou não, levamos de brinde uma linda gatroenterite, que por obra do Divino não durou mais que 48 horas.

Primeira e última. O bonequinho plageado do cinema largou a poltrona para ir ao toillet…. :)